Arquitetos
Localização
AntarticaAno do projeto
2013Fotografias
O escritório franco-brasileiro Triptyque Arquitetura, foi premiado em segundo lugar no Concurso Internacional Estação Antártica Comandante Ferraz e dividiu conosco detalhes de sua proposta.
Mais informações sobre o projeto na continuação.
A frente de um desafio científico, técnico, ambiental, humano, simbólico e geo-político, havia a necessidade de desenvolver uma estratégia simples e eficiente capaz de responder a todos os objetivos. Um princípio que pudesse integrar segurança, flexibilidade, modularidade e que desse conforto, seja térmico ou acústico, mas em primeiro lugar, qualidade de vida.
O plano das bases se baseia no deslocamento das unidades perigosas para longe do coração. Esse núcleo irradiante implica um ponto central de vida cercado por unidades heteróclitas, uma logística complicada com forte impacto ambiental, devido ao uso de transportes motorizados, cabos, caminhos e galpões.
Por isso, a nova EACF é projetada numa linha distribuidora, espinha dorsal da estação, permitindo a setorização dos usos, a hierarquização das necessidades, a compactação dos espaços, criando uma logística própria que resolve do ponto de vista técnico e humano sua disposição. Esse galho, agrupando todos os programas numa forma só, amplia o impacto visual da base e reduz o impacto ambiental.
Ao nível do solo, buscando o mínimo de impacto para deixar as águas de degelo passarem e aproveitar o vento para evitar o acumulo de neve, propõe-se apoiar a Estação sobre pilotis. Sua elevação permite, dessa forma, o uso de um sistema logístico de deslocamento e içamento simples e eficiente: a ponte rolante. A própria estrutura da base, assim aproveitada libera o solo de qualquer interferência mecânica, determina e protege caminhos para pedestres ou máquinas.
As chatas podem desembarcar o material diretamente da praia, uma vez estabilizadas. A grua usa essa linha distribuidora dependendo do destino do material que poderá servir a própria construção da base para depois ficar integrada a ela. Essa espinha dorsal se duplica na sua ponta para acomodar as unidades de vida em “Y”. Figura minima de distruibuição de 3 pontos, caraterizando a estação, conexão simples e rápida entre os módulos. Além de se adequar ao terreno, ela se desenvolve formando uma praça ensolarada em frente ao núcleo social, lugar de encontro, antigamente usado numa logística invasiva das máquinas.